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quinta-feira, 9 de abril de 2015

ESQUEÇO – ME QUE SOU MORTAL


Esqueço-me que sou mortal
Por um instante vivo como nècio
Perco-me nas madrugadas fria
Tentando encontrar um alento
Chego a uma conclusão
por está parado no tempo
Estou só neste universo
Tentando acertar os passos
Que parecem cambalear
Fazendo-me ver que estou ébrio
Como absinto 
Sinto na boca um gosto amargo
Torturando-me a todo instante
Mas, 
Sempre me encontro voltando pra casa
Logo penso; terei que viver tudo novamente
Quando despertar um novo dia
Trazendo outros sonhos, alegria
E um viver menos vazio.
Assim estarei certo
Que ainda não é o fim 
Apenas o começo 
De um fim que se inicia

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PORQUE SILENCIA O TEMPO?




Porque te afastas e silencia o tempo?
Neste vazio se encontras?
Envolve-me neste enredo
Revela o medo que de mim toma conta
E me faz perder o sono
E viver um abandono
Como quem se perde no tempo
Não sabe como se reencontrar
Palavras já não restam
O encanto se quebra
Razão, quem dera? Essa não tem
Meus atos me condenam
Pois, também me encontro em silêncio
Assim o tempo passa
Tudo perde a graça, não tem sentido
De mim se afastas estando perto
Errados estão certos de que também sou culpado
Estando ao teu lado me mantenho distante
Mesmo querendo está perto
De ti me afasto
Não é isto que quero
Há como anseio um colo
Um pouco de consolo
Viver os dias que restam
Perto de você, que de mim se afasta
Isso é o que quero.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

COMO EM UM ESQUEMA


Queria está presente quando me afugento.
Queria falar quando me calo.
Queria fugir de tudo, mesmo estando presente. 
Queria resolver este assunto.
Se fugir ou me apresentar como inocente ou culpado.
E, por fim ser julgado, ser liberto, ou cativo levado.
Como escravo cumprir a sentença marcada.
Sem liberdade ou favor.
Sendo este pecador que pra viver não teve lado.
Escolheu seu próprio caminho,
Sabendo que estaria sozinho ou mal acompanhado.
Mesmo sem ninguém por perto, vivendo neste deserto.
Como alguém predestinado.
Enfim, cheio de culpas, duvidas, incertezas, medo, tristeza.
Às vezes com uma alegria passageira.
Uma saudade traiçoeira,
Como alguém fugitivo, sendo livre como estrangeiro.
Vivendo neste ecúmeno, sendo cativo de um sistema.
Como em um pesadelo, mesmo estando acordado.
Vivendo e sendo obrigado a com tudo concordar,
Sem poder se libertar deste esquema marcado.

sábado, 1 de novembro de 2014

QUEM DERA EU?



Quem dera fosse uma máquina?
Quem dera fosse uma lâmpada?
Quem dera fosse a água?

Sendo uma máquina desligaria,
Sendo uma lâmpada apagava,
Sendo a água, seria uma lagrima,
Dos olhos enfim rolava,

Quem dera fosse o vento?
Quem dera o fogo?
Quem dera o tempo?

Sendo o vento me aquietava,
O fogo se apagava,
O tempo enfim parava,
Nada sou eu sei,
Tenho um pouco de tudo,
Um jeito de máquina,
Uma lâmpada apagada,
Em mim tenho água,
Tenho o vento que me seca,
Tenho o tempo que passa,
O fogo que queima a alma,
Enquanto definho sem pressa,

Da vida nada me resta,
A não ser uma longa espera,
E neste viver inserto,
Vivo inquieto, Espero
Lamento, choro,
Me arrependo e canto,
Um canto triste,
De um vazio que existe,
De um Homem rude, arredio,
Que se cala,

Quem dera eu fosse a fala,
Nada me calaria,
Muito sei que diria e calaria,
Para morrer em paz.






quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ACERTO DE CONTAS



Como posso viver com essa angustia?
Como posso desistir desta luta?
Se o melhor de mim ainda não dei,
Como posso esquecer?
Se isso em mim corrói,
Esse ardor no peito dói,
Nesta estrada que passei,
Você me marcou com ferro
Deixando em mim uma escrita,
Neste caminho sempre erro,
Com a alma sempre aflita,
Por não saber a direção,
Em que deve seguir,
Mesmo sabendo não segue,
Por isso está aqui,
Um errante em passos lentos,
Caminhando contra o vento,
Sem saber pra onde ir,
Como um prisioneiro vive,
Embora sendo livre,
Enfim, travando uma guerra,
Como um mortal na terra,
Que vive a persistir,
Sem armas, sem cavalo,
Sem escudo, se cala,
Sem troféu, sem medalha,
Com uma divida imensa,
Que um dia será pago,
Em um acerto de conta,

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O que se passa?


Como o vento passa rápido
Como a água corre pro mar
Como o pensamento flui
Como a brisa a terra molha
Como a fumaça que exala
Como a água evapora
E volta pro mesmo lugar
Esse está se mostra
Estático, sem forças
Enquanto a vida segue
Enquanto vivo está
Enquanto esse tempo resta
Enquanto não se tem pressa
Enquanto a vida passa
De esse viver o que resta?
O que resta desse penar?
O que presta desse pensar?
O que passa sem perceber?
Percebe-se ao passar
Percebe-se ao falar
Percebem-se quando se cala
Quando nenhuma fala
Existe para falar
Então se chega ao fim
Então se pode afirmar
Que tudo enfim acabou
Bem antes de começar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

INQUIETO


Quando tento esquecer o presente
Envolvo-me no passado
Perco-me no futuro
Tentando entender porque
Tantos acontecimentos
Se tudo está marcado
Ou nada existirá
Se o que vejo não entendo
O presente me marca
O que quero não tenho
O que me pertence se vai
O que tenho não importa
No rosto se mostra as marcas
De um passado que não volta
No peito uma ânsia que se eterniza
No pensamento a lembrança
De você a saudade
De mim o silencio
Do tempo a espera
 E agora? Nada resta!
A não ser a certeza de uma monotonia
Que se eterniza enquanto espero
E nada acontece e assim me encontro
Inquieto